quinta-feira, 7 de julho de 2011

Palavras de Pároco

Iniciando este mês de julho, queremos refletir e semear a Palavra com você. 
Vamos, juntos rezar a Palavra de Deus.
Vamos começar nosso caminho com a PARÁBOLOA DO SEMEADOR (Mt 13, 1-23), que se encontra-se dividida em 3 partes:

·      A 1ª abrange os versículos 1-9 que é a narração da parábola;
·      A 2ª abrange os versículos 10-17 que nos apresenta algumas palavras de Jesus, de interpretação difícil;
·      A 3ª abrange os versículos 18-23 que é a aplicação da parábola.

         Mas porque Jesus falou por meio de parábolas? Parábolas são histórias, e esse era o modo habitual de Jesus falar, há inúmeras delas nos Evangelhos.

         Porque Jesus usou sementes (semeador)? Jesus era homem humano como nós e conhecedor da natureza, usa “coisas” do campo diversas vezes em seus ensinamentos.

         Quando Jesus fala do semeador, num primeiro momento vem a impressão de um homem preguiçoso, que faz um serviço inútil. Porém, se observarmos bem a época da parábola vemos que é exatamente o contrário que ocorre. Isto porque naquela época não havia as técnicas agrícolas que temos hoje, como: máquinas, fertilizantes, etc.. Era uma agricultura primitiva, marcada por uma poesia suave de contato com a natureza.

         Como se dava então a semeadura? Responderia com uma pergunta: desde quando os agricultores lançam a preciosa semente pelas estradas, sobre as pedras ou entre os espinhos? Não seria absurdo? Quem conhece roça sabe que isto, hoje, não ocorre. Pois bem no tempo de Jesus estas coisas aconteciam porque a semeadura era feita antes do preparo da lavoura. Somente depois da semeadura, é que o agricultor arava a terra, removia os caminhos, as pedras, os espinhos, e o campo que parecia improdutivo, em pouco tempo cobria-se de trigo.

         Dá para perceber, agora, porque os grãos de trigo iam caindo desordenadamente nos vários tipos de terreno que iam encontrando, como foi enumerando Jesus, com toda a vivacidade de sua palavra.

         Uma primeira parte da semente - disse Ele - caiu ao longo do caminho que atravessava o terreno (esse caminho, ou estradas, são feitos na colheita anterior para o transporte); e os pássaros, sempre presentes, não deram tempo de os grãos penetrarem na terra, comeram-nos avidamente.

         Outra parte dos grãos caíram em terreno pedregoso. Como não havia muita terra para enfrentarem, os grãos brotaram logo, porém, mal se levantou o sol, como não tinham raízes, logo murcharam e secaram.

         Outros grãos caíram entre os espinhos. Os grãos germinaram, mas os espinhos logo cresceram e as sufocaram. 

         Finalmente outros grãos caíram em terra boa. E brotaram, e cresceram, e deram frutos: cem, sessenta, trinta por um (cfr. Mt 13, 1-8).

         Qual a aplicação da parábola?

O caminho no qual caíram as sementes e vieram os passarinhos e as comeram, significa os que têm coração desatento e de má vontade. Ouvem a palavra, mas vem o demônio e a arrebata do seu coração.
 
O terreno pedregoso representa os que ouvem a palavra apenas superficialmente. Podem até emocionar-se; mas diante da primeira tribulação logo abandonam o que tinham aprendido.
 
O terreno com espinhos representa os corações cheios de cuidados mundanos e do fascínio das riquezas, que sufocam a palavra que ia germinando.
 
Finalmente a terra boa na qual cai a semente significa os que ouvem a palavra de Deus e dão fruto: cem, sessenta, trinta por um (cf. Mt 13, 18-23).

         Assim, o semeador é Deus que semeia a palavra e pode ser qualquer um de nós que continua a missão de Jesus. Os vários terrenos são os corações das pessoas que acolhem mais ou menos a semente da palavra. Os pássaros, o sol e os espinhos são elementos que impedem que a semente produza frutos.

         A semente possui em si todos os germes de vida. Assim é a Palavra de Jesus. Assim é sua prática de justiça: leva à vida, aos frutos.

         Há forças contrárias que abafam o poder de vida da semente (pássaros, sol, espinhos) mas Jesus é como experiente lavrador: sabe que, ao semear, um pouco se perde. Mas isso não conta diante do sucesso da colheita.

         E só há uma forma de compreender os mistérios do Reino (= a prática de Jesus): tornando-se seu discípulo. Só quem o aceita como o Messias, é que reconhece em sua prática o projeto de Deus se realizando. É aquele que acolhe a semente em terra boa.
  
Tenhamos todos um mês de julho abençoado...  
 Pe. Daniel

3 comentários:

  1. Adorei a iniciativa, de semear pela internet.
    Parabens!!!!!!
    Valeria

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  2. Oi Valéria!

    que bom que você gostou e comentou.

    é muito bom saber como as pessoas estão vendo nosso trabalho, se a semente que estamos plantando está chegando na terra fértil.

    nós vamos ter uma postagem mensal do Pe. Daniel, mas todos os dias temos novidade.

    vamos fazer todas as novenas e nos intervalos postaremos reflexões, se cadastre e receva no email todas as postagens, e não perca as novidades.

    Abraços

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