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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ANO LITÚRGICO - A, B ou C?
 

DICAS PRA DESCOBRIR SE O ANO LITÚRGICO é A, B ou C.

A paz de Cristo! 

Muitos irmãos desinformados julgam que as Santas Missas são monótonas pois sempre se lê a mesma coisa ou por que os rituais são sempre os mesmos. Mas logo percebe-se que esses indivíduos que se julgam conhecedores da Liturgia Católica não passam de pessoas superficialistas que deixam o cristianismo de lado pra blasfemar contra um segmento religioso tão importante para a sociedade ao longo dos tempos.

O Ano Litúrgico passa por três grandes ciclos, também chamado de anos A, B, C.

A cada ano tem uma seqüência de leituras próprias, ou seja, leituras para o ano A, ano B e para o ano C. Então, nós músicos católicos precisamos saber antes de mais nada em que Ano Liturgico estamos pra não nos confundirmos no momento de escolher os cânticos referentes às leituras e ao evangelho proferidos nas Celebrações.

Como calcular o ano litúrgico e descobrir em que ano estamos?


Como regra geral podemos dizer que “todo múltiplo de três é ano C", múltiplo de três + 1 é ano A e  múltiplo de três + 2 é ano B

Assim fica fácil calcular.

Vamos lá – por exemplo: 1998 è 1+9+9+8 = 27 (é múltiplo de três) logo é ano C

1999 è 1 + 9 + 9 + 9 = 28 (27+1) = ano A
2000 è 2+0+0+0 = 2 = ano B
2001 è 2+0+0+1 = 3 = ano C
2002 è 2+0+0+2 = 4 (3+1) = Ano A

atualizando.......
2011 é 2+0+1+1 = 4 (3+1) ano A
2012 é 2+0+1+2 = 5 (3+2) ano B
2013 é 2+0+1+3 = 6 (múltiplo de 3) = ano C
2014 é 2+0+1+4 = 7 (6+1) = ano A

PORTANTO, ESTAMOS EM QUAL ANO? FAÇA VOCÊ MESMO O CÁLCULO E ENCONTRE AS LEITURAS BÍBLICAS PRÓPRIAS PARA ESTE ANO.

Você já imaginou a gente escutar as mesmas leituras todos os anos? Assim a Igreja, sabiamente, escolheu para cada ano litúrgico, uma série de leituras. Portanto, não há repetição e sim ciclos.


Frei Rinaldo – OSM

domingo, 2 de dezembro de 2012

Advento

O QUE SIGNIFICA A COROA DO ADVENTO?



Eu Sou a Luz do mundo (Jo 12, 8)

A vela sempre teve um significado especial para o homem, sobretudo porque antes de ser descoberta a eletricidade ela era a vitória contra a escuridão da noite. À luz das velas São Jerônimo traduzia a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, nas grutas escuras de Belém onde Jesus Cristo nasceu.
Em casa, a noite, quando falta a energia, todos correm atrás de uma vela e de um fósforo, ainda hoje.
Acender velas nos faz lembrar também a festa judaica de “Chanuká”, que celebra a retomada da Cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos do rei Antíoco IV.
Antes da era cristã os pagãos celebravam em Roma a festa do deus Sol Invencível (Dies solis invicti) no  solstício de inverno, em 25 de dezembro. A Igreja sabiamente começou a celebrar o Natal de Jesus neste dia, para mostrar que Cristo é o verdadeiro Deus, o verdadeiro Sol, que traz nos seus raios a salvação. É a festa da luz que é o Cristo: “Eu Sou a Luz do mundo” (Jo 12, 8). No Natal desceu a nós a verdadeira Luz “que ilumina todo homem que vem a este mundo” (Jo 1, 9).
Na chama da vela estão presentes as forças da natureza e da vida. Cada vela marca um ano de nossa vida no bolo de aniversário. Para nós cristãos simbolizam a fé, o amor e  o trabalho realizado em prol do Reino de Deus. Velas são vidas que se imolam na liturgia do amor a Deus e ao próximo. Tudo isso foi levado para a liturgia do Advento. Com ramos de pinheiro uma coroa com quatro velas prepara os corações para a chegada do Deus Menino.
Nessas quatro semanas somos convidados a esperar Jesus que vem. É um tempo de preparação e de alegre espera do Senhor. Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Nas duas últimas, a Igreja nos faz lembrar a espera dos Profetas e de Maria pelo nascimento de Jesus.
A Coroa é o primeiro anúncio do Natal. O verde é o sinal de esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha que simboliza o amor de Deus que se manifesta de maneira suprema no nascimento do Filho de Deus humanado. A branca significa a paz que o Menino Deus veio trazer; a roxa clara (ou rosa) significa a alegria de sua chegada.

A Coroa é composta de quatro velas nos seus cantos presas aos ramos formando um círculo. O círculo não tem começo e nem fim, é símbolo da eternidade de Deus e do reinado eterno do Cristo. A cada domingo acende-se uma delas.
As quatro velas do Advento simbolizam as grandes etapas da salvação em Cristo. No primeiro domingo do Advento, acendemos a primeira vela que simboliza o perdão a Adão e Eva. Cristo desceu a Mansão dos mortos para dar-lhes o perdão. No segundo domingo, a segunda vela, acesa coma primeira, representa a fé dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, que creram na Promessa da Terra Prometida, a Canaã dos hebreus; dali nasceria o Salvador, a Luz do Mundo. A terceira vela, acessa com as duas primeiras, simboliza a alegria do rei Davi, o rei que simboliza o Messias porque reuniu sob seu reinado todas as tribos de Israel, assim como Cristo reunirá em si todos os filhos de Deus. É o domingo da alegria. Esta vela têm uma cor mais alegre, o rosa ou roxo claro. A última vela simboliza os Profetas, que anunciaram um reino de paz e de justiça que o Messias traria. É a vela branca.
Tudo isso para nos lembrar o que anunciou o Profeta: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor.” (Is 11,1-2).

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. 3. Porque o jugo que pesava sobre ele, a coleira de seu ombro e a vara do feitor, vós os quebrastes, como no dia de Madiã. Porque todo calçado que se traz na batalha, e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão presa das chamas; porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos” (Is 9,1-6).

Prof. Felipe Aquino




sábado, 1 de dezembro de 2012



Iniciamos um tempo forte na Igreja: Tempo do Advento.
No Advento toda a Igreja vive a sua grande esperança.
A espera do Senhor que vem. Tempo de estarmos atentos
e vigilantes. Por isso, o brado da Igreja característico
 nesse tempo é: "Maranata"! Vem Senhor Jesus!

sábado, 12 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

‎5º Domingo da Páscoa 
A PERTENÇA À VIDEIRA.

 "...Um cristão que não se engaja e não se compromete com a vocação da comunidade de fé não produz frutos, pois o ramo só é vivo, quando ligado à videira, que é Cristo.... Os ramos da Videira são nutridos pela seiva do Espírito. Tal seiva, chega pela Palavra e pela Eucaristia."

CRISTO, A VIDEIRA VERDADEIRA

sábado, 28 de abril de 2012

Celebramos o 4º Domingo da Páscoa!!!

Neste domingo encontramos com o Ressuscitado, o Bom Pastor que "conhece" e "dá a vida pelas suas ovelhas". A imagem do pastor tão recorrente no Antigo Testamento para se referir ao Deus de Israel é assumida plenamente por Cristo. Este ministério do pastoreio de Cristo continua na Igreja, comunidade de servidores. Aqueles que tem a missão de animar, de acompan...har e de conduzir o rebanho devem ter em Cristo o seu referencial. Não podem deixar-se guiar por interesses pessoais e mesquinhos como os mercenários. Não podem e nem devem abusar da autoridade ou usar do rebanho para seu próprio engradecimento... "

Quem é o nosso Pastor, que nos aponta caminhos e nos dá segurança? -

O Pastor por excelência é CRISTO. - Pastores são também o Papa, os Bispos, os padres... - São também as pessoas que prestam um serviço na família, na sociedade, no ambiente de trabalho... - São também pessoas que receberam de Deus e da Igreja a missão de presidir e animar, em nossas comunidades cristãs, apesar das suas limitações. Cada um pode ser um pouco "Pastor" de seu irmão... Mas o "único Pastor", que devemos escutar e seguir sem condições, é Cristo. Os outros pastores têm uma missão válida se receberam de Cristo. E a sua atuação nunca pode ser diferente do jeito de atuar de Cristo." Celebramos também o 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Que o Senhor nunca deixem faltar pastores para o bem do seu povo...!!! Bom Domingo!!! Boa celebração!!!

Fonte: Padre Eutrópio Aécio via Facebook.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Reunião Mensal de Liturgia
14/04/2012




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tempo da Quaresma 2012
A Igreja Católica inicia na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, o Tempo da Quaresma, período de preparação para a festa da Páscoa que, com a morte e ressurreição de Jesus, tornou-se o grande referencial da nossa fé, o dia da vitória da Vida sobre a morte. A Quarta-feira de Cinzas marca, também, no Brasil, o início da Campanha da Fraternidade.

1. A Quaresma é o período de 40 dias que começa na quarta-feira de Cinzas e termina na véspera do Domingo de Ramos, este ano no dia 1º de abril, quando tem início a Semana Santa. Nesses 40 dias, somos convidados a reviver a experiência dos 40 anos de travessia do deserto pelo povo de Israel e os 40 dias que Jesus passou no deserto antes de iniciar a sua Missão. Somos convidados a três atitudes que são os pilares da vida cristã: a Oração, relação do homem com Deus; o Jejum, relação do homem consigo mesmo; e a Caridade, relação do homem com o próximo. É um tempo rico de reflexão sobre a nossa vida, buscando valorizar o que temos feito de bom e dar um novo caminho ao que temos feito de ruim ou deixado de fazer. É o convite à conversão.

2. O nosso calendário civil é definido a partir da Festa da Páscoa, por isso a Quaresma varia de ano para ano. A festa da Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do início do outono. Neste ano de 2012 o outono começa no dia 21 de março e a primeira lua cheia acontece no dia 06 de abril. Assim, a Festa da Páscoa acontece no domingo seguinte, dia 08 de abril. A partir desta data são definidas a Semana Santa, a Quarta-feira de Cinzas e, também, o Carnaval. A festa da Páscoa era primitivamente um ritual realizado por pastores que, para proteger as suas famílias e seus rebanhos dos espíritos maus, matavam um cordeiro e tingiam a entrada das tendas com o seu sangue. Por volta de 1250 anos antes de Cristo, esse ritual adquiriu um novo sentido, com a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Depois, com a ressurreição de Jesus, a Páscoa se tornou a principal festa dos cristãos, lembrando que Deus liberta seu povo através de Jesus Cristo, o novo cordeiro pascal.

3. Na Quarta-feira de Cinzas, nas missas celebradas nas Paróquias e Comunidades, se benzem e impõem as cinzas feitas de ramos de oliveiras ou palmeiras, bentos no Domingo de Ramos do ano anterior. Em procissão, os cristãos e cristãs recebem na fronte um pouco dessas cinzas para expressar o desejo e votos de assumir o processo de conversão que se iniciou no Batismo, por uma vida de oração, esmola e jejum. As cinzas nos lembram que todo orgulho, prepotência, bens materiais não são nada mais do que cinzas após a morte. Conscientes de nossa pequenez, somos chamados a ser agentes de transformação de uma sociedade injusta, desigual e violenta, através de obras, ações, do amor que entrega a própria vida pela vida do outro.

4. A Quarta-feira de Cinzas abre a Campanha da Fraternidade, promovida pela CNBB desde 1964, destacando uma situação da realidade social para a reflexão das comunidades e de toda a sociedade. O tema deste ano é Fraternidade e Saúde Pública e o lema Que a saúde se difunda sobre a terra, um chamado à reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e na mobilização pela melhoria no sistema público de saúde.

Campanha da Fraternidade 2012

Tema: "Fraternidade e saúde pública",
Lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra!"
(Cf. Eclo, 38,8)

Fonte: Revista Virtual de liturgia Celebrando

sábado, 18 de fevereiro de 2012


Celebramos o 7º Domingo do Tempo Comum, ano B!

Jesus é libertador de todos os males que afligem o ser humano. O pior mal é o pecado que nos tira a liberdade e alegria de filhos e filhas.
Ao dizer "Teus pecados estão perdoados", Jesus revela a sua missão de reconciliar-nos com Deus, conosco mesmos e com os outros.
O gesto dos quatro homens que descem o paralítico pelo teto da casa, revela também qu...e onde há solidariedade sempre haverá vida plena!
"O paralítico, livre da "cama" que o prendia, purificado e reconciliado com Deus, agora é um homem novo, livre, que rejeita a escravidão do pecado e adere a Jesus e ao seu Reino.
* O Paralítico representa a humanidade inteira, afastada de Deus e impossibilitada não só de conseguir a própria cura, mas até de aproximar-se daquele que a pode proporcionar.
O perdão dos pecados é sempre iniciativa da misericórdia infinita de Deus"
A Igreja continua ao longo da história este "ministério da reconciliação, do perdão de Deus. Ela " não é uma Comunidade de santos, mas de pecadores perdoados...
que precisam pedir e oferecer o perdão..."
Vivamos, portanto, a experiência da misericórdia de Deus...Arrependendo dos nossos pecados e fazendo o caminho de volta (=conversão) possamos novamente "andar"...Assim nos diz Deus pela boca do profeta Isaías: "Não penseis no passado... Sou eu quem apaga tuas culpas... e já não me lembrarei dos teus pecados".

Bom domingo para todos!!! Boa celebração!!!

(Por Padre Eutrópio)


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

TEMPO DO ADVENTO
"Lá vem ele, trazendo a salvação!"

Tudo na vida requer preparo. Tem gente que se prepara uma vida inteira para se casar. Outros se preparam, treinando arduamente, para vencer uma competição esportiva. A preparação exige esforço e mudança, além disso, é Lá vem ele, trazendo a SALVAÇÃO! Um treino que antecipa o acontecimento. Uma espécie de ensaio, no qual se antevê a cena. Como alguém que já se alegra na arrumação da casa para a chegada de uma pessoa amada.
Está todo mundo esperando. É de tanta esperança que se faz o humano. Somos feitos disso: desejo, súplica, anseio, esperança. No fundo, no fundo, temos uma lacuna que nos faz gemer para o Eterno pedido ajuda: “Vem, Senhor, nos salvar! Vem sem demora nos dar a paz!”. Mas como é a chuva para a terra seca, ou como o sol é para a roupa no varal, toda espera tem o seu objeto esperado, desejado.
E quando se realiza esse encontro entre o desejo e a realização, entre a espera e o esperado, entre o vazio e aquele que plenifica, dá uma alegria incontida no peito. Uma mistura de festa com ternura e de boas emoções que solidificam uma certeza: valeu a pena! Foi bom ter esperado! Mas como toda festa não tem fim, a alegria não pára por aí.
Temos de contar para os outros, afinal foi bom demais! Não dá para ficar guardando uma coisa dessas! É assim mesmo esse tempo que se aproxima: no Advento, uma espera, um desejo, uma abertura. Como a flor que se abre para a visita da borboleta, o copo na mão pedindo água, uma jarra solitária à espera da rosa. Eis que chega e se realiza o sonho. O sol trouxe luz e calor, do céu desceu a chuva para molhar aterra seca, e o silêncio terno anuncia que tem alguém no berço que estava vazio. Natal se faz. E para todos que se achegam, curiosos com a novidade, um anúncio. Olhos arregalados e brilhantes falam ,propagam, divulgam essa boa notícia. Epifania: divulgação que faz sair aquele que está enrolado em paninhos. Tudo para mostrar um grande sinal, um estrondoso acontecimento: Deus se fez gente!

Segunda parte do Advento

Ele já veio uma vez
Os dois domingos do Advento que precedem o Natal estão orientados para a primeira vinda do Senhor.
É o chamado Advento natalino. Os textos da liturgia e das Sagradas Escrituras expressam essa espera do Senhor que um dia nos visitou em nossa história.
O terceiro domingo do Advento, também conhecido como domingo Gaudete (alegria), funciona como um aperitivo do Natal. Nesse domingo já se anuncia essa chegada como causa de alegria para a comunidade. É como alguém que encontra o visitante no meio do caminho e corre na frente para avisar em casa: “Ele está chegando!”. Esse anúncio alegre contagia a todos e os prepara para uma acolhida mais calorosa e aconchegante.
O quarto domingo do Advento, às portas do Natal, a comunidade é convidada a acolher aquele que vem ao seu encontro. A figura de Maria simboliza a Igreja inteira à espera do Salvador.
Maria é a terra fecunda para acolher a semente do Reino, a imagem do povo da antiga Aliança na espera do Messias. O modelo de Maria, sua abertura, sua espera e sua acolhida, nos movem ao encontro da salvação que vem no Natal.



Coroa do Advento
O que é:


A coroa do Advento é um sinal importante deste tempo que, como todo símbolo, nos fala forte através dos seus elementos: círculo, da luz, ramos e das ações simbólicas que a compõem. Pode ser feita de diversas formas, desde que mantenha os elementos essenciais. Algumas comunidades fazem coroas grandes, por causa do tamanho da assembléia, outras fazem a coroa no chão, outras com a base de metal ou de madeira. Isso tudo pode variar conforme as possibilidades, as necessidades e a criatividade da comunidade.

Elementos essenciais
1.A forma circular – Sem começo e sem fim. A circularidade está ligada à perfeição. O redondo cria harmonia, junta, une. Lembra ainda, para nós, que somos integrantes de um mundo circular,onde o processo do universo e da vida é cíclico: o ciclo do ano, do tempo,o ir e vir da história, sempre marcado pela presença daquele que é a Luz do mundo.
2. As velas – Nos países do norte da Europa, durante o inverno, as noites são mais longas que os dias e a luz do sol brilha pouquíssimo, quando não fica totalmente escondido pelas nuvens. Por isso, lâmpadas, velas são indispensáveis e muito apreciadas. Mesmo para nós, que somos cumulados com a luz do sol,a luz da vela tem muito significado.
3. No Advento, a cada domingo acende-se uma vela da coroa. De uma a uma, a luz vai aumentando, até chegar na grande festa da Luz, que proclama Jesus Cristo como Salvador, Sol do nosso Deus que nos visita, que arma sua tenda entrenós (Cf. Jo 1, 1-14).
4. Quanto à cor das velas, normalmente é usada a vermelha que, em quase todas as partes do mundo, tem o significado do amor. No Brasil, somos marcados profundamente pelas culturas indígenas e afras, onde o brilho das cores, da festa, da dança, da harmonia com o universo, está presente de uma maneira esplendorosa e reveste as celebrações. Dessa forma, temos o costume de utilizar, na coroa, velas coloridas, uma de cada cor. Não ajuda muito associar a cor das velas com temas (penitência, esperança, alegria...). O que importa é a luz.
5. O verde – É sinal de vida. Nem tudo está morto, há esperança. Mesmo nos países tropicais, quando tudo está seco, sedento, com a chuva a vida brota, tudo fica verde e traz a esperançados frutos e anuncia a vida.

Origem
A coroa surgiu na Alemanha, no século XIX, mais exatamente nas regiões evangélicas, situadas ao norte. Os colonos, para comemorarem a chegada do Natal, a noite mais fria do ano, acendiam fogueiras e sentavam se ao redor. Mais tarde, não podendo acendê-las dentro de casa, tiveram a idéia de tecer uma coroa de ramos de abeto (uma espécie de pinheiro), enfeitando-a com flores e velas. No inverno rigoroso dos países frios, todas as árvores perdem suas folhas, somente os pinheiros resistem,sendo, dessa forma, um sinal de que a natureza não morreu totalmente. No início do século vinte, os católicos adotaram o costume de colocar a coroa nas suas igrejas e casas. No Brasil, o uso certamente provém dos missionários que vieram da Alemanha, ou de brasileiros que, tendo conhecido o uso da coroa na Europa, a introduziram nas comunidades.

Recomendações
É preciso manter os elementos essenciais (forma circular, ramagem natural, quatro velas). Sem eles, a coroa perde sua característica, deixando de ser a coroa do Advento. Não utilizar elementos artificiais!Folhagens de papel ou de plástico e pisca-pisca não são símbolos, pois não são verdadeiros. Para Deus, apenas o natural, o belo, o verdadeiro. É preciso ritualizar! Fazer um bonito rito de acendimento, como o proposto abaixo. Sem ritualizar, a coroa se tornará apenas um belo enfeite... (veja o rito que propomos no quadro abaixo)

Releitura
No Brasil, o Advento acontece em pleno verão, quando a luz do sol e o calor estão em seu ponto máximo de atuação. Bem diferente de onde surgiu a coroa. Muitas folhagens, por aqui, criam cores diferentes justamente por causa da luz do sol. Quando plantadas na sombra, elas permanecem verdes. Usar este tipo de ramagem evocaria bastante nossa vegetação e enraizaria este belo símbolo do Advento!
Rito de acendimento da coroa do Advento
(Alguém da coroa se aproxima com uma pequena vela acesa – no lugar de fósforos, isqueiros etc. – e acende a vela correspondente. Até aqui o grupo decanto pode entoar um mantra: “Senhor, nós te esperamos!”, ou “Teu sol não se apagará”, ou outro. Quando já tiver acendido a vela, o canto é interrompido e a pessoa bendiz a Deus dizendo:) Bendito sejas, Deus das promessas, porque iluminas as nossas vidas com a luz de Jesus Cristo, teu Filho, a quem esperamos com toda ternura do coração. Amém. (Todos cantam novamente o refrão.)

Obs.: O Bendito seja feito com expressividade. A pessoa que acende a vela e bendiz a Deus o faça erguendo os braços, olhar dirigido para Deus e coração em sintonia com a oração. Decorar o texto é essencial!

FONTE: CAL BH ( Comissão Arquidiocesana de Liturgia – BH )