sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Santo cura D’Ars


São João Maria Vianney 
O Santo Cura d´Ars



                De origem pobre e humilde, João Maria Vianney nasceu perto de Lião, na França, pouco antes de irromper a Revolução Francesa em 1786.
                No batismo, recebeu o nome de João, ao qual ao qual acrescentou o de Maria por especial devoção à virgem; no entanto, é universalmente conhecido como o Santo cura D’Ars, pequena aldeia, onde exerceu seu ministério pastoral, por mais de 40 anos. Quando jovem teve complicações com o serviço militar durante o império napoleônico, pelo que teve que viver escondido, exposto a graves perigos, cerca de dois anos. Desde pequeno, queria ser padre a todo custo, mas esbarrou em dois obstáculos: pobreza, e sobretudo a escassa inteligência. Com vinte anos, entrou no seminário, mas foi demitido por falta de inteligência. O estudo de latim parecia superar sua capacidade. Insiste para entrar na congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, mas não é admitido pelas mesmas razões. Finalmente, quando parecia ser um caso perdido, seu antigo vigário que lhe conhecia as altas virtudes de piedade, pureza e sacrifício, aceitou prepará-lo em particular e consegui convencer o bispo a que o ordenasse sacerdote, comprometendo-se a orientá-lo no campo da doutrina e da pastoral por três anos. Vianney tinha 32 anos quando o arcebispo de Lião lhe confiou o pastoreio da aldeia de Ars, que contava uns 300 habitantes. Ars já tinha sido paróquia, mas a revolução Francesa a reduzira à capelania anexa a Misérieux. O povo contudo sempre chamou Vianney de cura (pároco). Ao chegar nosso santo, Ars era um lugar sem religião: a igreja sempre deserta; o povo não frequentava os sacramentos, o domingo era profanado; as únicas promoções eram bailes e os cabarés. “Que vou fazer aqui?”, disse o santo cura ao constatar a triste situação religiosa. “Neste meio, tenho medo até de me perder!”
                Mas ele era um santo! Não desanimou. Fixou sua residência na matriz e se entregou a uma vida de intensa oração e penitência pela conversão que dos seus paroquianos. Desde a manhã até a noite avançada, com pequenas interrupções, ficava de joelhos diante do altar do Santíssimo Sacramento. Não tinha empregada; ele próprio preparava as frugalíssiams refeições, assim como atendia ao serviço de limpeza da casa e da igreja.
                Quando o povo começou a admirar-se desta sua vida austera e santa, João Maria iniciou as visitas às famílias falando-lhes de Deus, das coisas sagradas, dos deveres cristãos. Em seguida, trabalhou para moralizar a pequena aldeia, combatendo os vícios, as bebedeiras, os bailes, os trabalhos aos domingos, as blasfêmias, etc. Sua arma principal era a pregação e a catequese, muito simples, mas sustentada por muita oração e rigorosa penitência.
                “O curioso é que aquele humilde pastor de aldeia, pobre, penitente, de inteligência pouco brilhante, atraiu aos poucos milhares e milhares de pessoas de fora. Seu confessionário começou a ser assediado dia e noite, de modo que o padre não tinha tempo de se alimentar nem de descansar. Foi essa a ocupação principal dos seus últimos anos de vida. O que iam buscar em Ars tantos peregrinos da França e da Europa? Certo romeiro respondeu: “Vi Deus num homem!” Os poderes públicos tiveram que providenciar a construção de uma estrada de ferro para levar os peregrinos à humilde aldeia de Ars!”
                João Maria Vianney faleceu consumido pelo rigor da penitência, na idade de 73 anos. A igreja o proclamou patrono dos vigários!

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