Vocação do catequista | ||
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Por: Jairo Coelho
Seminarista Diocesano
E-mail: jairo.coelho@hotmail.co m
Seminarista Diocesano
E-mail: jairo.coelho@hotmail.co m
“Deus é tão bom que sempre nos dá uma nova
oportunidade”. Ouvi esta frase outro dia quando ia ao Instituto onde
faço o curso de Teologia. Durante o percurso fui refletindo sobre o
chamado que Deus faz a cada um de nós, sobre a nova oportunidade que
Ele nos dá a cada dia. De fato, Deus não dá segunda chance, Ele dá uma
nova chance. Quando alguém dá uma segunda chance a outra pessoa, pode
ser que não dê uma terceira, e aquela seja a última oportunidade que o
outro tem de acertar. Com Deus a coisa é diferente, Ele não se cansa de
dá uma nova oportunidade, porque o seu amor é ilimitado. Eis,
portanto, a missão do catequista: anunciar com palavras e, sobretudo,
ações, o amor infinito de Deus.
De fato, é esse amor que nos impulsiona na
missão a nós foi confiada. O catequista, portanto, deve ser um
especialista no amor, porque é alguém que teve um encontro pessoal com
Jesus Cristo e é comprometido com o seu projeto de construção e
edificação do Reino.
O catequista é chamado a ser testemunha de
Jesus Cristo. Testemunhar não significa discursar sobre, mas viver
intensamente o Evangelho configurando-se Àquele que primeiro nos amou e
nos escolheu: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos
escolhi” (Jo 15, 16). Não se pode anunciar aquilo que ainda não se
experimentou. O catequista precisa ter essa consciência de que a missão
não é mérito seu, mas lhe foi confiada. Não se trata de realização
pessoal, mas algo muito maior, ou seja, o catequista é um eleito de
Deus para exercer esta vocação específica no seio da Igreja. Vocação
esta que não pode ser vivida fora do contexto do amor.
Infelizmente existem muitos catequistas que
estão sempre reclamando de tudo e de todos, principalmente de seus
próprios catequizandos, “ninguém quer saber de nada...”. Vivem dando
ultimatos às crianças e adolescentes: “se vocês não fizerem vocês vão
vê...”. Com freqüência ameaçam abandonar a pastoral, “só vou ficar mais
este ano, porque já não agüento mais...” e por aí vai. Não são
felizes! O catequista não pode ser alguém infeliz.
Na Carta aos Gálatas encontramos o resumo de
como deve ser a vida do catequista: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl
2,20). Os catequizandos precisam enxergar isso nos seus catequistas,
através de suas ações e não apenas de suas palavras. O catequista
precisa deixar-se seduzir a cada dia por Deus e envolver-se por seu
amor infinito, ao ponto de já não viver por si mesmo, mas por Cristo.
Desta forma, encarnando o Evangelho em sua
vida, o catequista conseguirá atrair os seus catequizandos para Cristo,
numa adesão incondicional ao projeto de Jesus. E sua alegria será
infinita, porque sabe que apesar das suas limitações Deus continua
agindo no mundo por meio dele, oferecendo sempre uma nova oportunidade à
humanidade.
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