quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PALAVRAS DO PÁROCO

Amigos e amigas, “semeando a esperança em alegre caminhar...”

Neste mês em que somos chamados a pensar nossa vocação: vocação à vida, vocação cristã (leigo (a) engajado (a)), vocação da família, vocação religiosa e consagrada,...; façamos uma reflexão da própria vida – vida de vocação. Fixemos nossa reflexão no tema da caridade e sua vivência na vocação família.

CARIDADE, ajudar a quem precisa, com amor, misericórdia e compaixão.

Definição da palavra Caridade: dicionário da língua portuguesa assim a define: amor de Deus e do próximo. Benevolência, bondade. Beneficência, esmola.

Manual de Teologia e o catecismo da Igreja assim nos diz:

É uma das virtudes teologais.

Virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. O objetivo da vida virtuosa é tornar-se semelhante a Deus.

As Virtudes Teologais dispõem o cristão a viver em relação com a Santíssima Trindade. Tem a Deus por origem, motivo e objeto, Deus conhecido pela fé, esperado e amado por causa de si mesmo. Pela cremos em Deus, pela esperança, desejamos e aguardamos de Deus a vida eterna;

E pela CARIDADE amamos a Deus sobre todas as coisas e a nosso próximo como a nós mesmos por amor a Deus. A caridade é, pois o “vinculo da perfeição” (Cl 3,14) e a forma de todas as virtudes. Jesus fez da caridade o novo mandamento – “amai-vos como eu vos amei” (Jo 15, 12). Ela é fruto do Espírito e da plenitude da lei, guarda os mandamentos de Deus e de seu Cristo. A prática da vida moral, animada pela caridade, dá ao cristão a liberdade espiritual dos filhos de Deus; não ser escravo, mas filho que responde ao amor daquele “que nos amou primeiro” (1Jo 4, 19).

O Apóstolo Paulo traçou um quadro incomparável da caridade: “caridade é paciente, prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se preocupa com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13, 4-7).

A caridade tem como frutos: alegria, a paz e a misericórdia; isto nos aponta para nossas raízes mais profundas que se encontra em Deus, do qual pela graça do Espírito nos vem esses frutos.

Como viver a caridade no dia a dia (na vocação família, na vocação cristã)?

Viver a caridade no dia a dia é fazer a entrega de si a Deus, e Deus por sua graça nos transborda numa prática, a de ter um comportamento solidário, capaz de criar comunhão entre nós e transformar o mundo. Romper com o absolutismo, o individualismo; vencer os ídolos (do dinheiro, do prazer, do querer só para si), é arrasar toda prepotência que queira substituir o único Senhor que é Deus.

A caridade nos impele a mudanças, a ter um comportamento solidário – é ser solidário como Jesus foi: por amor deu sua vida por nós.

Assumir a caridade: é amor a Deus e ao próximo na construção de uma família comprometida com o projeto de Deus.

CARIDADE: é ter um coração generoso e com desejo de ajudar as pessoas; é transmitir alegria e paz, é repartir o que se tem; é estar pronto a colaborar; é combater a miséria e buscar sempre a justiça e o bem comum, é ser sempre altruísta.

É preciso tomar consciência do caminho de vivência da caridade, comprometer-se com carinho com a ação prática, acima de tudo é assumir no dia a dia a vida de Jesus, a nós anunciado: “eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6).

Tenhamos um mês de agosto abençoado renovando todos a vivência de nossas vocações. Deus nos abençoe em nossos trabalhos, abençoe a família de cada um.

Pe. Daniel Custódio Antunes

Um comentário:

  1. Deus o abençoe Padre Daniel... Fico feliz em saber do díscipulo que é... sempre atento as necessidades dos filhos de Deus e zeloso pela Palavra... Busque sempre ser essa luz cada dia mais irradiante, cuja escuridão nenhuma pode vencer... Rezo pela sua vocação... abraços, Allan Dec...

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