segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Reflexão NATAL



Uma das maneiras de manifestarmos o nosso bem querer para com alguém que muito prezamos é oferecer-lhe um presente. O presente dá-nos a sensação de que “materializamos” a nossa afeição, tornamos visível a nossa simpatia, e “prolongamos”, conforme a durabilidade do mesmo, o nosso afeto...

“Mais vale o modo de dar do que aquilo que se dá”, dizem alguns. Mas não há dúvidas de que, ao presentear, procuramos – sempre que possível – adequar o valor do presente a ser dado à estima que queremos demonstrar.

Consumismo e apelos comerciais à parte, a época do Natal é um desses tempos fortes – creio que o mais forte deles – em que a prática de presentear pessoas ganha força e dinamismo em praticamente todas as culturas, em todas as sociedades. Variando um pouco de região para região, esse costume de presentear os outros parece vir sempre associado ao “aniversário” do nascimento de Cristo, ou ainda aos presentes que alguns magos lhe trouxeram quando o visitaram, em Belém.

Ano após ano, aproximando-se as festividades do Natal, a preocupação de todos parece voltar-se para a necessidade de presentear, de alguma forma, os que nos são caros, ou aqueles a quem devemos favores e obrigações...

E o aniversariante? E Aquele por cujo nascimento todas estas práticas se desencadeiam? Em que grau de estima e apreço o colocamos, e qual é a nossa preocupação em dar-lhe um presente à altura de sua dignidade? Pois Jesus é a causa de nossa existência. Tudo (inclusive nós) foi criado por Ele e para Ele. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele é o Princípio, o Primogênito dos mortos (tendo em tudo a primazia), pois nele aprouve a Deus fazer habitar toda a Plenitude, e a reconciliar por Ele e para Ele todos os seres, os da terra e os dos céus, realizando a paz pelo sangue de sua cruz (Col 1, 16c-20). “E é pelo sangue dele que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça, que Ele derramou profusamente sobre nós” (Ef 1, 7-8a).

Na verdade, Ele é que é o nosso presente. Ele é quem realmente nos foi dado por Deus Pai, como Dom pessoal, como expressão máxima de sua própria pessoa, de sua própria revelação, de seu próprio mistério. Ele, sim, é o maior – e o melhor! – de todos os presentes... Em que consideração não nos deve ter o Pai – e com que amor não nos deve amar – a ponto de nos dar o Seu Filho Único, para morrer a morte que nós merecíamos, e nos dar a vida que era dele? “Pois Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16).

“Que poderíamos retribuir ao Senhor, por tudo aquilo que Ele nos tem dado?” (Sl 116, 12).

“Fui eu quem fez o Universo e tudo me pertence, declara o Senhor. Mas é o angustiado que atrai meus olhares; o coração contrito, que teme a minha palavra” (Is 66,2).

Talvez possamos neste Natal retribuir a este imenso amor de Deus Pai para conosco com um coração realmente compungido, arrependido dos desamores por nós vividos até aqui. Um coração consciente do quanto carecemos de sua graça e da importância da restauração oferecida pelo Filho na Cruz; um coração, enfim, que quer se deixar conduzir pelo “Espírito que nele foi derramado” (Rm 5, 5) e viver em fidelidade à vocação a que Deus nos chama.

Tudo lhe pertence sim, mas “um coração arrependido e humilhado, Ele não haverá de desprezar” (Sl 51, 19b). Amém.

sábado, 17 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vende-se tudo.
? A gente leva dessa vida... a vida que se leva?
Vende-se Tudo ?

Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:
"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade.
São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.

Felicidade não é o destino e sim a viagem


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

COMO CONSERTAR O MUNDO



Um professor passava o final de semana em sua casa, concluindo sua tese sobre como consertar o mundo. Seu filho, brincando à sua volta, toda hora solicitava sua atenção fazendo perguntas e tirando-lhe a concentração.

O professor, com o intuito de distrair a criança, pegou um cartaz do mapa-mundi, recortou em vários pedaços, transformando-o num quebra-cabeça. Pediu então que o menino montasse novamente, esperando que isso o ocupasse por um bom tempo, o suficiente para concluir o seu trabalho.

O menino pegou os pedaços de papel e alguns minutos depois chamou o pai para ver o quebra-cabeça montado. O professor, admirado com a rapidez do filho, pensou que no mínimo o mapa estaria montado errado, mas qual não foi sua surpresa quando constatou que este estava completo e perfeito.

Intrigado com o fato, perguntou ao garoto como ele havia conseguido realizar tarefa tão difícil em tão pouco tempo.

O menino explicou:

- Pai, você me pediu para consertar o mundo, não foi? Como estava difícil entender aquelas gravuras, resolvi virar as peças do outro lado e percebi que atrás delas havia partes do corpo de um homem. Achei mais fácil consertar o homem do que o mundo.

Quando a gravura do homem estava completa, virei o quebra-cabeça do lado contrario e percebi que o mundo havia sido consertado também. Foi fácil!

Naquele momento o pai entendeu que, para consertar o mundo, era preciso primeiro consertar o homem.

domingo, 11 de dezembro de 2011

formação catequista

Uma prova de amor diária


Que a minha ânsia de sonhar uma catequese melhor, não me transforme num arrogante.
Que a força que me anima a querer fazer coisas diferentes, não me traga a soberba.
Que a indignação não me transforme numa pessoa sem diálogo.
Que a ênfase das minhas palavras, não me faça grosseiro com as pessoas.
Que a dor, não me torne vingativo.
E que o êxito não me transforme num eufórico.

Que a alegria em servir, não me transforme num cego.
Que eu possa divergir, discutir, avaliar, refazer rumos, recomeçar sempre, mas que isso não me transforme num teimoso sem causa.

A catequese é minha vida.
Por ela, eu luto, me dedico, enfrento situações adversas.
Mas que esta paixão não me transforme num intransigente, daqueles que não conseguem observar e nem o ouvir o que os outros podem acrescentar às suas idéias.

Que meu sorriso, não me transforme num tolo.
Que a minha segurança, não me tire a humildade.
Que minha luta, não seja apenas “a minha luta”.
Que minhas orações sejam sempre de agradecimento.
Que eu me ajoelhe e reze mais.
Que eu entregue mais a minha missão de catequista nas mãos de Deus.

A catequese é uma constante prova de amor. Diária, contínua e constante.
O catequista que ama a catequese, vive em contradição com o mundo.
Ele é paz em meio às guerras. É amor diante do ódio. É calma diante da pressa. É diferente no meio de iguais. É divino no meio do humano.

Que minha missão seja sempre a certeza de que sou instrumento, apenas um instrumento, nas mãos de Deus.
Nada mais do que isso.

É nesta "aparente" pequenez, que me torno grande. E na grandeza, me torno forte. E na força, me torno útil. E na utilidade eu me torno parte.

A catequese é um todo.
Sou apenas uma parte!

 Escrito por Meneguzzi 
in: http://albertomeneguzzi.blog.uol.com.br

sábado, 10 de dezembro de 2011

FORMAÇÃO LITURGICA


Os 30 pecados do Ministro de Música

02 - Impor sempre seu gosto pessoal.
03 – Cantar (tocar) por cantar (tocar) .
04 - "Só' toco/canto se for do meu jeito, nesse tom".
05 - Ir sempre contra a idéia do padre.
06 - Escolher sempre as mesmas músicas.
07 - Nunca sorrir.
08 - Usar instrumentos desafinados.
09 - Afinar os instrumentos durante a missa.
10 - Tocar músicas de novela em casamentos.
11 - Colocar letra religiosa em músicas da "parada".
12 - Nunca estudar liturgia.
13 - Não prestar atenção na letra do canto.
14 - Não ler o Evangelho do dia antes de escolher as músicas.
15 - Cantar forte demais ao microfone sem se preocupar com a audição da assembléia.
16 - Volume dos instrumentos acima do volume das vozes da Assembléia.
17 - Coral que canta tudo sozinho (A Assembléia desconhece os cantos).
18 - Cantar só para exibir-se.
19 - Distrair a assembléia.
20 - Não avisar aos padres antes da Missa as partes que serão cantadas.
21 - Nunca ensaiar novas canções.
22 - Ensaiar tudo antes da missa.
23 - Não buscar sempre mais formação musical.
24 - Usar roupas extravagante, impróprias ou que chame a atenção.
25 - Fazer de conta que esta em um show de rock (ou qualquer outro ritmo).
26 - Perder contato com a assembléia. Nem toda música católica pode ser introduzida na Missa;
27 - Músicas fora da realidade litúrgica, que não podem fazer parte da celebração.
28 - Fazer o máximo de barulho.
29 - Não ter vida interior.
30 - Repetir interiormente no final de cada celebração: EU SOU MESMO O MELHOR!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Natal 2011 Papai Noel e João Batista

Papai Noel e João Batista

Dom Caetano Ferrari

Bispo de Bauru - SP

É mais fácil explicar e a criança acreditar que o Menino Jesus existe do que existe o Papai Noel. Que o nascimento de uma criança está mais perto da realidade, do compreensível, do que o de um velhinho. Como será mais fácil para ela acreditar na cegonha que traz no bico um nenezinho do que um velhinho. A cegonha é a mesma como o Natal é o mesmo, mas do nascimento do Menino Jesus, o aniversariante cuja alegria enche os corações e faz as pessoas no mundo inteiro se abraçarem, se amarem e se trocarem presentes. O presente verdadeiro e melhor é o próprio Deus que fez-se criança para aproximar-se de nós. Isso não é lenda, é uma verdade histórica.

Há um humanismo ateu que emociona as pessoas anunciando e desejando um Natal maravilhoso, cheio de esperanças e alegrias, com grandes realizações pessoais e transformações sociais, porém não como dom e graça do Deus que se fez presente nascendo na história, mas como o mito do progresso construído sobre a onipotência da razão e da ciência tão inverossímil como a lenda do Papai Noel que as crianças acreditam viajar pelos ares em trenós puxados por renas, trazendo presentes para todos. Em ambas as perspectivas exigem-se o esforço pessoal e o comprometimento de todos. Com uma simples diferença. O cristão sabe que pode tudo com Deus e os outros. O ateu acredita que se basta a si mesmo com os outros, mas sem Deus.

Que o Papai Noel existe é claro, mas porque o Jesus do Natal existiu primeiro. Que ele é uma figura importante é claro, mas que está a serviço do personagem mais importante do Natal, que é Jesus.
Neste segundo domingo do Advento, no Evangelho de Marcos, João Batista aparece no deserto, vestido de pele de camelo, comendo mel e gafanhotos, declarando exatamente isso: “Depois de mim virá alguém mais forte do que Eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, Ele vos batizará com o Espírito Santo – Mc 1,1-8).

Todo bom Papai Noel não cria confusão na cabecinha das crianças, mas se comporta como João Batista capaz de dizer-lhes que, menos ainda do que João, ele é um simples servo de Jesus. Jesus é o Emanuel, Deus conosco, que traz a graça e a salvação para todas as pessoas, e João é o seu mensageiro e precursor.

No deserto, João Batista é a voz que clama: “Preparai os caminhos do Senhor”. O advento nos propõe esta caminhada de conversão em preparação para o Natal. Uma conversão individual, comunitária, eclesial, social, que é sempre pessoal, porque exige tomada de consciência do próprio pecado, seja meu seja seu, com arrependimento e desejo de mudar, de melhorar, de transformar começando primeiro comigo mesmo e consigo mesmo, para depois sermos mensageiros das mudanças nos outros e no mundo.

Quando você vir um Papai Noel, lembre-se de João Batista, aquele que nos convida a prepararmos os caminhos do Senhor, com “vigilância e oração”, como nos foi proposto no domingo passado, 1º do Advento, e com “arrependimento dos pecados e conversão pessoal”, como nos propõe hoje este 2º domingo do Advento.
 
No Natal, Deus volta seu coração para nós na ternura de uma criança e convida-nos, a mim, a você e a todos, a convertermos nosso coração para Ele. Numa noite de Natal, na Catedral de Notre Dame de Paris, Paul Claudel sentiu chegar a fé. Ele se converteu na contemplação do mistério da Encarnação de Deus num Menino. Tornou-se em grande místico e escritor católico. Ele que disse ter mil razões para crer e mil razões para não crer, mas ele preferiu crer.

NOTA PASTORAL DA PRESIDÊNCIA DA CNBB SOBRE ALGUMAS QUESTÕES RELATIVAS AO USO INDEVIDO DOS TERMOS: CATÓLICO, IGREJA CATÓLICA, CLERO E OUTROS


A CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – CNBB, na defesa da verdade e da liberdade, considerou oportuno publicar a presente Nota Pastoral, destinada aos membros do episcopado, do clero, aos religiosos e a todos os fiéis leigos.

O uso de nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana, por outras denominações religiosas distintas da mesma, pode gerar equívocos e confusões entre os fiéis católicos. Nestes casos o uso da palavra “católico”, “bispo diocesano”, “vigário episcopal”, “diocese”, “clero”, “catedral”, “paróquia”, “padre”, “diácono”, “frei”, pode induzir a engano e erro. Pessoas de boa vontade podem ser levadas a frequentar tais templos, crendo que se tratam de comunidades da Igreja Católica Apostólica Romana, quando na verdade não o são. Por essa razão a Igreja tem a obrigação de esclarecer e alertar o Povo de Deus para evitar prováveis danos de ordem espiritual e pastoral.

Assim, temos o dever de alertar os fiéis católicos para a existência de alguns grupos religiosos, como é o caso da autointitulada “igreja católica carismática de Belém” e outras denominações semelhantes, que apesar de se autodenominarem “católicas”, não estão em comunhão com o Santo Padre, Papa Bento XVI, e não fazem parte da Igreja Católica Apostólica Romana. Por esta razão todos os ritos e cerimônias religiosas por eles realizadas são ilícitos para os fiéis católicos. Assim sendo, recomenda-se vivamente aos féis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem colaborem ou participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Rezemos para que a unidade desejada por Jesus Cristo, aconteça plenamente.



Brasília-DF, 30 de novembro de 2011

Cardeal Raymundo Damasceno de Assis

Arcebispo de Aparecida

Presidente da CNBB

José Belisário da Silva

Arcebispo de São Luis

Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário Geral da CNBB

domingo, 4 de dezembro de 2011

Conselho Pastoral Paroquial - 04/12/2011